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Sou Católico – vivo minha fé

Nossa Fé Católica – parte 1/2


“Ser cristão é estar em comunhão com as três Pessoas divinas, deixando-se inserir no Mistério Trinitário” (p. 42).



Continuamos nosso estudo da publicação “Sou Católico, Vivo Minha Fé”, leitura indicada para este Ano Missionário em nossa Arquidiocese de São Luís. Neste mês de março vamos conversar sobre os dois primeiros tópicos do segundo capítulo. São eles: A verdade sobre Jesus Cristo e A verdade sobre a Igreja. Vamos a eles.


A verdade sobre Jesus Cristo. Jesus é o Filho de Deus e pela graça do sacramento do batismo nós cristãos somos constituídos filhos adotivos, porque estamos sacramentalmente associados ao mistério da Paixão-Morte-Ressurreição do Senhor Jesus. Jesus anunciou o Reinado de Deus e em tudo deu testemunho do Pai. Concebido por obra do Espírito Santo, no seio de Maria, Jesus revestiu-se de nossa humanidade para redimi-la e salvá-la (Jesus = Deus Salva).


Na infância e, principalmente, na vida adulta iniciada após o batismo no Rio Jordão, Jesus anuncia o Evangelho, realiza milagres em favor das pessoas, especialmente dos pobres e pecadores e chama discípulos para o Seu seguimento. Constituindo um grupo de discípulos-missionários Jesus edifica a Igreja, comunidade dos seus seguidores, que no mundo têm a mesma missão do Mestre de Nazaré: evangelizar! Combatendo o mal e o pecado Jesus anuncia o amor, a misericórdia e a graça de Deus. “Jesus veio humanizar, libertar e salvar o ser humano” (p. 37).


Entre tantas características importantes, destacam-se duas do ministério de Jesus. Primeiro, a revelação de Deus como Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Segundo, o Mistério Pascal de Cristo, que por sua Cruz-Ressurreição, vida ofertada por amor, realiza a obra perfeita da salvação.


A verdade sobre a Igreja. Deus em seu infinito amor e desde toda a eternidade sempre amou a criação, especialmente o homem e a mulher, obras primas da divina criação. Assim, desejou constituir um povo santo. Desde o Antigo Testamento – AT, Deus se desvelou em gestos de amor, eleição e cuidado para com este povo, como narram tantas passagens como a libertação do Egito e escolhas de juízes, reis e profetas.


Diversas vezes Deus fez alianças com seu povo. Na plenitude dos tempos chegou a Aliança definitiva, em Jesus Cristo. Ao escolher os Doze apóstolos e instituir a Eucaristia (“Fazei isto em memória de Mim” Lc 22, 19), Jesus realizou atos fundantes da Igreja. Os Doze apóstolos lembram as Doze tribos de Israel, significando a Igreja como o Novo Israel. Na instituição da Eucaristia, na Ceia Derradeira e no alto da Cruz, Jesus, o Cordeiro Pascal, realiza a Nova Aliança em seu próprio corpo e sangue. Outro ato fundante da Igreja é o derramamento do Espírito Santo, quando Jesus envia o Paráclito para capacitar de força e dons a Igreja nascente. “A Igreja não foi fundada por iniciativa humana, mas divina. A Igreja é dom de Deus à humanidade. Jesus está presente nela. Quando a Palavra de Jesus é anunciada na assembleia, é ele mesmo que nos fala” (p. 44).


A Igreja é povo convocado pela Santíssima Trindade ao seguimento de Jesus e à edificação do Reino. É perfeita do aspecto divino, pois é obra da Trindade, é perfectível do ponto de vista humano, por ser formada por homens e mulheres com qualidades e limites, podendo alcançar, sob a guia do Espírito Santo, uma melhor versão de si mesma.


No Novo Testamento – NT, a Igreja é descrita como a “Esposa de Cristo”, como “Corpo Místico Cristo”, ou ainda como “Templo do Espírito Santo”. Ao comunicar a vida da graça divina ao ser humano a Igreja também se caracteriza por Mãe e Mestra. A Igreja possui uma organização para melhor cumprir sua missão de evangelizar. Por isso se diz que a Igreja é necessariamente missionária e toda a sua organização, como lembra o Papa Francisco, deve estar orientada para sua finalidade missionária.


A Igreja enquanto instituição possui leis e normas, dentre as quais as mais importantes são: a salvação das almas e o primado da caridade. Organizada em diversos carismas e ministérios, cada membro eclesial “assume sua função e desempenha um serviço, sempre visando ao bem de todos” (p. 47).


A Igreja tem por responsabilidade anunciar o kerigma, isto é, o conteúdo essencial da fé: Cristo, o Filho Unigênito do Pai, se encarnou por obra do Espírito Santo, pregou o reino, realizou prodígios e milagres, deu a vida na cruz, ressuscitou, ascendeu ao céu e derramou o Espírito Santo sobre a Igreja para que esta edificasse no mundo o Reinado de Deus. Outra responsabilidade é catequisar, isto é, educar na fé e formar os discípulos-missionários, aqueles que aderiram, pelo batismo, ao Cristo Senhor.


Maria, Mãe de Deus e da Igreja, é modelo de discípula-missionária. Ela foi “escolhida para esta missão e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Deus a preservou do pecado desde sua concepção. Por isso, a Igreja a proclama Imaculada e cheia de graça” (p. 51).


Um último tópico é o empenho na construção da unidade. Seja no interior da própria Igreja, ou na relação ecumênica com outras igrejas, ou com outras denominações religiosas, os católicos devem se esmerar por buscar a unidade, o respeito e a fraternidade em vista do bem comum.


A você meu abraço a você minha bênção!

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