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Cinco anos de ordenação da 3ª turma de diáconos permanentes na Arquidiocese


(Segunda turma de diáconos permanentes da Arquidiocese de São Luís do Maranhão no dia da ordenção, 29.09.2018 | Foto: Ribamar Carvalho)

Desde o ano de 2012, quando a Arquidiocese de São Luís do Maranhão ordenou a primeira turma de diáconos permanentes, as paróquias têm dentro de sua dinâmica, a presença dos diáconos nas celebrações, formações e vida comunitária.


Sua origem remonta a necessidade que os apóstolos tinham de ficarem dedicados ao serviço da liturgia e da pregação da Palavra, porém, não podiam deixar de lado os serviços caritativos de ajuda à comunidade. Nasce, então, a função do diácono, do grego diakonéo (Ato 1, 1-6): grupo de homens sábios e piedosos que possuem a função de servir.


Os homens casados, portanto, que fazem parte do clero, já existem desde o tempo dos apóstolos. Sua função foi reavivada na Igreja a partir do Concílio Vaticano II. Antes deste período, a função caritativa dos diáconos permanentes e mesmo sua presença nas comunidades, estava desvanecida.


Na Bíblia, a figura do diácono aparece com Santo Estevão (At 6, 8- 7, 60). Santo Inácio de Antioquia costumava dizer que o trabalho da Igreja, no período apostólico, não seria possível sem a presença dos bispos padres e diáconos (Epist. ad Philadelphenses, 4). Com o Vaticano II, a Igreja - movida pelo Espírito Santo, volta às fontes bíblicas e patrísticas, e bebendo das fontes da Igreja primitiva - busca reavivar o trabalho dos diáconos permanentes em nossas comunidades.



(Primeira turma de diáconos permanentes da Arquidiocese de São Luís do Maranhão no dia de sua ordenação, 24.11.2012 | Foto: Arquivo pessoal )

Diáconos permanentes na Arquidiocese de São Luís do Maranhão


Quando a Arquidiocese de São Luís do Maranhão celebrava os 400 anos da presença do Evangelho em terras maranhenses, no arcebispado de dom José Belisário, OFM, nasceu a primeira turma de diáconos permanentes na Arquidiocese.


A novidade chegou com um reforço aos párocos nas celebrações das comunidades, tendo sido a primeira formada por 31 diáconos, sendo 27 da Arquidiocese e quatro do ordinário militar. Na sequência, em 2018, formou-se a segunda turma.


Naquela época, como a quantidade de presbíteros já era pequena comparada à extensão geográfica da Arquidiocese de São Luís do Maranhão, que possui 57 paróquias e duas quase paróquias (totalizando 59 áreas pastorais), o que envolve 15 municípios do Maranhão, o auxílio que os diáconos permanentes prestam às comunidades, podendo realizar as exéquias, batizados e casamentos, é de extrema importância.


“Quando meu filho faleceu, percebi o quanto ficamos frágeis e como é importante a presença da Igreja. E foi um diácono permanente quem realizou as orações das exéquias pelo meu filho. Senti-me muito confortada pela Igreja e família de Deus!”, lembrou dona Vandeci de Jesus, do bairro Vinhais, que teve o auxílio de um diácono permanente da primeira turma de diáconos, quando precisou enterrar um filho.


(Diácono Renato Fontoura, Odete e Carmem, esposa e filha, respectivamente, em foto que virou capa da Revista Vida e Família da CNBB por ocasião da ordenação 1ª turma de diáconos | Foto: Virgínia Diniz)

Na época, só a primeira turma de diáconos permanentes representou um reforço significativo às paróquias da Arquidiocese. Eles auxiliaram 17 das 54 paróquias da Arquidiocese de São Luís do Maranhão, o que representava 17 bairros na capital e nos municípios próximos a São Luís, como Bacabeira e São José de Ribamar.


(Dom José Belisário, OFM, arcebispo de São Luís do Maranhão que ordenou a 1ª turma de diáconos permanentes da Arquidiocese e diácono permanente Renato Fontoura, representante da 1ª turma de diáconos em 2012 | Foto: Arquivo)

Ao todo, foram mais de 85 comunidades menores, que compunham essas respectivas paróquias/bairros, a saber: São Francisco de Assis (São Francisco), São João Batista de Vinhais (Recanto dos Vinhais/Vinhais Velho), Nossa Senhora Aparecida da Foz do Rio Anil (Cohafuma), Nossa Senhora dos Remédios (Centro de São Luís), São José e São Pantaleão (Centro), São José do Bonfim (Vila Embratel), Sagrado Coração de Jesus (Bequimão), São Vicente de Paulo (Apeadouro), Nossa Senhora da Conceição (Coroadinho), Santa Terezinha (Filipinho), Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Cohab-Anil), Paróquia Sant’Ana (Angelim), São Francisco e Santa Clara (Turu), Santo Antônio (Parque Vitória), São Cristóvão (São Cristóvão), Nossa Senhora da Boa Viagem (São José de Ribamar) e Imaculada Conceição da Bem Aventurada Virgem (Bacabeira).


Atualmente, com a ordenação de mais 40 diáconos permanentes na 2ª turma, em 2018, esse número aumentou.


Em nível de Maranhão, eles somam 168 diáconos permanentes, que compõem o Conselho Regional de Diáconos do Regional Nordeste V, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Destes, 71 são da Arquidiocese de São Luís do Maranhão. O número seria de 72 diáconos, porém, no dia 26 de novembro de 2020, falecia, vítima da Covid-19, o diácono Afonso José de Souza Bezerra, que se ordenara na 1ª turma de diáconos, em 24 de novembro de 2012.


Legado da turma de diáconos permanentes da Arquidiocese de São Luís do Maranhão


Muitos foram os frutos que nasceram da turma dos diáconos permanentes na Arquidiocese para todo o Brasil.


(Diácono George Castro, presidente da Comissão Regional de Diáconos, Regional NE5 | Fogo: Arquivo diácono George Castro)

Presidente da Comissão Regional dos Diáconos Música “Diácono de Jesus”


Atualmente, o presidente da Comissão Regional dos Diáconos (CRD) do Regional NE5, diácono George Henrique dos Santos Castro, pertence à Arquidiocese de São Luís do Maranhão. Diácono George é veterinário e servidor público da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (AGED), é músico, cantor, compositor e serve na paróquia Santa Paulina, Forania Nossa Senhora de Nazaré.


Assim que assumiu a presidência do Regional NE5, tornou-se membro da comissão nacional de comunicação dos diáconos do Brasil e é dele a autoria da música “Diácono de Jesus”. Canção composta no ano de 2012, por ocasião da ordenação da primeira turma de diáconos permanentes na Arquidiocese de São Luís do Maranhão.



Música “Diácono de Jesus”, hino oficial dos diáconos permanentes do ordinário militar do Brasil


Em agosto deste ano, a canção “Diácono de Jesus” foi eleita como o hino nacional dos diáconos permanentes do ordinário militar. Uma grande honra para todo o Regional NE5.

"Diácono de Jesus" foi composta pelo diácono permanente, George Henrique dos Santos Castro, incardinado na Arquidiocese de São Luís do Maranhão.


A interpretação da música é feita pelo diáconos George Castro, em conjunto com os diáconos Flávio Rodrigues (ambos da Arquidiocese de São Luís do Maranhão), com o auxílio de dois diáconos do ordinário militar: diácono William Guimarães, da Polícia Militar do Maranhão; com arranjos do maestro, diácono Celso Bastos, do Exército Brasileiro.


A letra foi apresentada na Assembleia não eletiva da Comissão Nacional dos Diáconos do Brasil, em abril de 2013, que aconteceu em Florianópolis (SC), como pleiteante do Hino Nacional dos Diáconos Permanentes do Brasil. O intento acabou acontecendo dez anos depois, em agosto deste ano, onde o hino foi oficializado pelo ordinário militar do Brasil.


(Dom Sebastião Bandeira, bispo da Diocese de Coroatá e a Comissão das Esposas dos Diáconos Permanentes do Regional NE5, eleitas em julho de 2023 | Foto: Arquivo CRD Regional NE5))

Comissão Regional das Esposas dos Diáconos Permanentes do Regional NE5


De 21 a 23 de julho de 2023, durante a Assembleia Regional dos Diáconos NE5, foi formada uma Comissão Regional de Esposas dos Diáconos do Regional Nordeste V. A comissão está composta por cinco membros e possui funções e mandatos equivalentes a dos respectivos esposos, que por sua vez, são membros da Comissão Regional dos Diáconos do Regional NE5.


Composição da Comissão Regional das Esposas dos Diáconos Permanentes:


Presidente: Adriana Castro

Vice-presidente: Ana Izabel

Secretária: Romeriana Tavares

Tesoureira: Osmarina Cunha

Segunda tesoureira: Vanilda


Sobre esta comissão, o diácono George Castro fala acerca de sua importância e sobre a proposta de um trabalho específico com os filhos dos diáconos em nível regional.



Ainda tratando sobre a missão da família do diácono como parte indissolúvel de sua própria missão, diácono George Castro responde sobre se existe no horizonte uma proposta de trabalho com os filhos dos diáconos.



Dez anos depois da primeira turma, o que temos...


Em entrevista ao site da Arquidiocese de São Luís do Maranhão, o diácono George Castro partilha sobre sua avaliação como quem participou da 1ª turma dos diáconos permanentes na Arquidiocese e de quem assume hoje a função de presidente do CRD.



Temas sensíveis


“É preciso que haja ainda uma maior comunhão entre os diáconos, padres e bispo”, defende diácono George Castro quando questionado se existem aspectos que precisam ser melhorados quanto à atuação do diácono permanente na Arquidiocese.


“Os diáconos precisam participar mais das decisões relacionadas ao clero, uma vez que ele faz parte do clero”, explicou ao pontuar que existe, por exemplo, uma dinâmica de duas reuniões distintas, uma para padres e outra para os diáconos permanentes, o que não permite que haja comunhão de pensamentos, linhas de atuação e melhoria no trabalho oferecido.


“Isso, por exemplo, vai de encontro com tudo o que falamos sobre caminhada sinodal. Se temos que caminhar juntos, temos que nos reunir juntos. E haver meios que facilitem isso para que a reunião do clero seja total: do arcebispo, presbíteros e diáconos”, fala o diácono George Castro.


Um outro aspecto levantado por George, foi o tema das diaconias, tal como existe já em Regionais vizinhos, como o Regional IV, que corresponde ao estado do Piauí. O diácono usou como exemplo as diaconias que existem na Arquidiocese de Teresina, sede metropolita da Igreja no estado.


“Diaconias territoriais e as diaconias existenciais. Nas diaconias territoriais, existem territórios propícios para o trabalho da Igreja que ainda não são paróquias e que os diáconos vão semeando, trabalhando com as comunidades, até formar as paróquias. Já as diaconias existenciais, são as de assistência pastorais muito parecidas com as pastorais. Mas onde o diácono coordena, as diaconias como da saúde, do meio ambiente… na arquidiocese de Teresina já existe esta experiência. A Arquidiocese de São Luís do Maranhão poderia pensar neste tipo de diaconia, seria um grande avanço para a Igreja”, explica o diácono George Castro.


Assistência às viúvas dos diáconos e seus filhos


Algo importante também é a questão do atendimento às viúvas dos diáconos. O presidente do CRD NE5 também falou que este é um tema esquecido e que precisa ser pensado e trabalhado, o apoio às viúvas e aos filhos dos diáconos.


Na Arquidiocese de São Luís do Maranhão, este trabalho tem sido feito de forma espontânea, mas ainda sem uma oficialização. A comissão tem ajudado a viúva do diácono Bezerra, falecido em 2020, vítima da Covid-19.


“Temos buscado ajudar e acolher estas viúvas e filhos. Não é porque o diácono faleceu que esta família deve ser desligada, esquecida do diaconato”, pontua o diácono George.


Comissão dos Diáconos Permanentes da Arquidiocese de São Luís do Maranhão


A atual Comissão dos Diáconos Permanentes da Arquidiocese de São Luís do Maranhão foi eleita em 2022 e possui a seguinte composição:


Coordenador

José Ribamar Ribeiro Rocha

Forania: NSRA de Nazaré

Paróquia: Sant'Ana - Angelim


Vice-coordenador

José de Ribamar Castro

Forania: São Judas Tadeu

Paróquia: NSRA da Glória - Alemanha


Secretário

Silvio Carlos Gonçalves Tavares

Forania NSRA da Vitória

Paróquia: NSRA da Vitória – Centro


2° Secretário

Rogério Augusto Sales Napoleão

Forania: São Luís Rei de França

Paróquia: São Paulo Apóstolo - Renascença II


Tesoureiro

João Batista Campos Arouche

Forania: São Luís Rei de França

Paróquia: São Paulo Apóstolo - Renascem II


2° Tesoureiro

Luiz Gonzaga da Silva Espínola

Forania: São Luís Rei de França

Paróquia: São Francisco de Assis - São Francisco


Turma de diáconos permanentes da Arquidiocese de São Luís do Maranhão


1ª turma: 24 de novembro de 2012

2ª turma: 29 de setembro de 2018


Turma de 2018


1. Alan Gledison Vieira Costa

2. Benedito dos Santos Pinto

3. Carlos Vitor Carvalho Barros

4. Clei de Jesus Santos Almeida

5. Domingos Santos Almeida

6. Doriedson de Jesus Garcia Sirino

7. Edvaldo Ferreira Santos

8. Elildo da Silva Sousa

9. Francisco Antunes de Oliveira

10. Francisco de Assis Souza Lima

11. Francisco Vieira Cruz

12. Geraldino Lopes Ferreira

13. Geraldo Henrique de Almeida Júnior

14. Hamilton Santos Pereira

15. João Batista Campos Arouche

16. João Boaventura Bandeira de Melo Marques

17. João Carlos Abreu

18. Jondauton Ferreira Maria

19. Jorge André Rocha

20. José Jorge Ferreira

21. José Luís dos Santos Matos

22. José Maria Reis Matos

23. José Nildo Lima Luna

24. José Raimundo Bartolomeu Sousa Assunção

25. Jurandir Amorim Moraes

26. Lúcio Antonio Sampaio Silva

27. Luís Carlos Bandeira Cantanhede

28. Luiz Gonzaga da Silva Espíndola

29. Márcio Franco dos Santos Sanches

30. Marcos Antonio Cruz

31. Paulo Sérgio Sousa Campelo

32. Raimundo Nonato Brito dos Santos

33. Raimundo Nonato Ramos Pereira

34. Rogério Augusto Sales Napoleão

35. Rogério Rodrigues do Nascimento

36. Romeu de Melo

37. Silvio Carlos Gonçalves Tavares

38. Wellington Dias Chaves


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