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Associação Santa Gianna Beretta, da Rede em Defesa da Vida MA, reúne membros neste sábado (30/07)


(Foto: Arquivo Associação Santa Gianna Beretta)


Neste sábado (30/07), das 15h às 17h, na Igreja São Vicente, Apeadouro, a Associação Santa Gianna Beretta de Defesa da Vida e promoção da Família (ASGB), pertencente a Rede Estadual em Defesa da Vida do Maranhão (REDVMA), reunirá voluntários e membros para formação interna da Associação, aue será aberta aos membros da REDVMA e pessoas interessadas em conhecer os trabalhos da ASGBDVPF (contatos no final deste artigo).


“A formação interna será para os voluntários da Associação Santa Gianna e aberta a todos da nossa Rede Estadual, com vista a nos atualizarmos sobre o que está acontecendo hoje em relação a pauta pró-vida, família, legislação, casos recentes de aborto e tudo o que envolve a nossa causa”, explica Amanda de Aguiar Serra Lima, presidente da Associação Santa Gianna (como é carinhosamente abreviado e conhecido o nome da ASGB).


Para o Amanda, permitir o assassinato intrauterino com a justificativa que se está “vivo há apenas poucas semanas” é relativizar a vida. E isso pode torná-la sem valor também em outros níveis e estágios. “Somos 'pessoa', que precisa de amor, desde a concepção. Vamos nos concentrar no que é necessário para que estas pessoas, já concebidas, precisam pra poder receber o que precisam para ter uma vida digna. Amparemos esta mãe, às vezes, tão desesperada, seja financeiramente, emocionalmente... ou ajudando a pensar em soluções”.

Quanto a isso, existem programas sociais que poderiam impedir muitos abortos e abandonos de recém-nascidos, mas que não são divulgados. Tanto por falta de conhecimento, quanto por vontade de silenciamento destas propostas. Programas como o Cheque-gestante e Entrega Legal, este último, onde a mãe tem todo o amparo para doar legalmente o filho que não deseja criar.


Também existe o trabalho de algumas casas pró-vida no Brasil que abrigam gestantes que em situação de violência doméstica durante a gestação, para que a mãe tenha condições de levar a gravidez adiante (como em Anápolis, Rio e São José dos Campos). Em São Luís (MA), por enquanto, o movimento ainda não possui condições financeiras de ajudar os que precisam deste apoio, por possuírem ainda poucos benfeitores.


Amanda também reforça a importância do apoio dos padres aos fieis que lutam por esta causa: “Não deixe de defender a vida, nossos queridos padres! Falem abertamente ou a mídia falará para convencer as pessoas de que tanto faz”.


Por isso, no dia 16 de setembro do ano passado, meses após a posse de dom Gilberto Pastana, o grupo se apresentou ao novo arcebispo – gesto que fizeram, em 2020, com dom José Belisário. Dos dois epíscopos encontraram não somente acolhida, mas palavras de orientação sábias e pertinentes. De dom Belisário, a exortação para que expressem que a preocupação, enquanto movimento em Defesa da Vida e da Família, é defender as duas vidas, não apenas a do bebê.


Quanto a dom Gilberto, houve a recomendação que não deixassem de envolver em

suas ações a parceria com os grupos da Igreja que já os precedem nesta luta pela vida das crianças e pelas famílias, que é o caso da Pastoral Familiar e a Pastoral da Criança.



Sobre a Rede Estadual em Defesa da Vida e a Associação Santa Gianna Beretta


A associação é coordenada por Amanda, que é casada, possui quatro filhos (José Eduardo, 6; Edith Teresa, 4; Emanuela, 2; o quarto bebê ainda não se sabe o sexo, é o mais novo e está em processo de gestação). Paroquiana da Paróquia São Vicente de Paulo, no Apeadouro, ela participa do grupo de canto e há quatro anos (desde 2018), por ocasião de um “Ato pacífico em Defesa da Vida”, ocorrido no mês de setembro, em frente a Igreja São Luís Rei de França, Calhau, que contou com a presença de 70 participantes, que protestavam contra a ADPF 422, que tinha por objetivo legalizar o assassinato intrauterino, popularmente conhecido como aborto, desde a 12ª semana de gestação.



O movimento, que a princípio possuía apenas oito integrantes, envolveu diferentes expressões da Igreja católica, que após o ato, seguiram reunindo-se para estudarem e pensar como efetivar um movimento pró-vida organizado na capital maranhense. Em 2019, após a continuidade das reuniões, elegeu-se uma coordenação, que ficou sob a responsabilidade de Amanda Lima, e o movimento já contava com um número avançado de 60 integrantes.


No ano seguinte, já com a pandemia, o grupo realizou o “Encontro de capacitação Pró-vida Maranhão”, que teve como palestrante e convidada ilustre, a criadora da Rede Nacional em Defesa da Vida e da Família, a carioca, Zezé Luz. Na ocasião, -Maranhão”, núcleo São Luís (MA), Zezé “promoveu” o grupo a instância de “Rede Estadual em Defesa da vida e da Família, com o objetivo de melhorar o alcance em todo o Estado.


A Rede Estadual em Defesa da Vida e da Família é apartidária, supra-religiosa e não visa nem adotar um partido, nem tão pouco reunir apenas católicos, mas, unir forças com ”todos os que querem combater, de modo geral, o aborto/eutanásia’ e a ‘ideologia de gênero’”, explica Amanda. Ainda assim, a grande maioria dos participantes são de profissão católica, mas o grupo pretende ampliar cada vez mais este alcance, para que encontre vozes que também sejam defensoras da vida desde o momento da concepção até a morte natural, independente do credo.



Contudo, sem sendo os católicos o maior número entre os membros do grupo, e diante da necessidade de reconhecimento civil da causa, seja para praticar atos em defesa da vida e da família, ou para fazer panfletagens e ações concretas para gestantes em estado de vulnerabilidade social, o grupo formou a “Associação Santa Gianna Beretta de Defesa e Promoção da Vida e da Família”. Esta associação possui sete membros na diretoria e em suas reuniões, trabalham baseados em oração, formação sobre os documentos da Igreja, testemunhos e espaços católicos. Além dos sete membros da diretoria, a Associação possui 30 voluntários ativos, que marcam presença em duas ou três atividades mensais, além da oração do Terço pela Vida, que é semanal e acontece de modo online, pelo Instagram da ASGB, @assoc.santagiannaberetta.


Ações e mobilizações em devesa da vida”


Assim como o mundo inteiro o grupo enfrentou a pandemia, porém, não arrefeceram em suas atividades em defesa da vida. Depois o evento com a líder nacional da Rede em Defesa da Vida, o grupo também adotou o ambiente digital para reuniões, a fim de não esfriar o ânimo dos participantes e nem as ações a serem desenvolvidas. O que ainda assim, continuou sendo difícil.


Por isso, em outubro de 2020, o grupo realizou uma carreata na Semana da Vida, em parceria com a Pastoral Familiar da Arquidiocese, com percurso que seguia da Igreja Nossa Senhora de Fátima (bairro de Fátima) até a matriz da Igreja São Vicente de Paulo (Apeadouro).


Também, nesse interim, o grupo palestrou em algumas paróquias, como convidados para falar sobre o tema e deram início a um Podcast que iria ao ar pelo YouTube, porém, não conseguiram manter a continuidade, encerrando na 4ª edição (os vídeos estão no canal do grupo).


Em março de 2021, a Associação fez uma vaquinha entre os membros e amigos, com o objetivo de colocar na rua três busdoors pela cidade, com a temática contra a legalização do aborto e o slogan: “O que os olhos não vêem o coração sente. Mais de 8,2 milhões de bebês abortados só em 2021. Não ao aborto!”. A chamada referia-se às estatísticas publicadas sobre os abortos provocados.



No mês das mães do ano de 2021, o grupo iniciou oficialmente as atividades com gestantes, a princípio, direcionando as ações para a Igreja São Vicente, com o projeto “Mães à obra”.










Os casos de aborto recentes, com repercussão nacional e as ações da Associação Santa Gianna


Perguntamos à Amanda sobre os dois últimos casos de comoção nacional, que envolveram a justiça, devido a gravidez em caso de estupro de vulneráveis e em decorrência disso, a autorização de interrupção da gravidez descartando a vida de um ser humano, o bebê. Como ela percebia a atuação dos movimentos pró-vidas em casos como esses, uma vez que o crime praticado teve forte apoio e incentivo do movimento feminista e pró-aborto extremamente organizado no Brasil. “Você considera que houve falhas por parte dos que defendem a vida? O que você percebe que poderia ter sido feito ou que tem falhado na defesa da vida, em casos assim?


“Por mais organizado que seja o movimento pró-vida, ainda precisamos respeitar a liberdade das pessoas de escolher quando querem praticar esse crime. No caso do ES, foi feito tudo o que esteve ao alcance: voluntários pró-vida chegaram a ir à residência da família da menina oferecer apoio durante a gestação e depois, ou ao menos pra que esperasse mais um tempo caso ela quisesse entregar para adoção.


Já em Pernambuco, o grupo pró-vida de lá foi até o hospital se reunir em oração em uma última tentativa de interceder, porém, a própria Justiça havia dado uma sentença contra a Lei, que não permite aborto com mais de 22 semanas (em caso de estupro). Então, as feministas que conseguiram até jatinho para fazer aborto nas mulheres, não conseguiram nos deixar convencer a família da menina a desistir da ideia, infelizmente.


Em SC a situação foi ainda mais grave, pois não se tratou de estupro (embora um namoro avançado entre pre-adolescentes) e o bebê já tinha mais de 26 semanas; além disso a menina havia aceitado esperar mais um pouco para entregar o bebê para adoção; por isso várias autoridades pró-vida tentaram agir mas sem êxito, diante da sede feminista por escolher o aborto a todo custo”. Assim Amanda Silva lamentou a saga fracassada pela tentativa de salvar as vidas dos bebês, nos dois casos citados.


Em nível Nacional, a Rede em Defesa da Vida e da Família, sempre que possui alguém que identifica mulheres do Estado do Maranhão, que buscam em chats, redes sociais e outros meios já conhecidos entre as pessoas que vivem desta máfia do aborto, encaminham os nomes à ASGB.


“Nós tentamos contato pacífico, algumas nos bloqueiam, outras conseguimos solicitar à Pastoral Familiar mais próxima a realização de uma visita, outras integramos ao nosso projeto Mães à Obra, onde elas recebem apoio por meio de itens de enxoval, cestas básicas, visitas, palestras e acompanhamento social/emocional”, relata a coordenadora.


Estes são trabalhos de linha de frente em uma Rede em Defesa da Vida, mas há, também, o trabalho de formação, panfletagens e atividades cultuais e celebrativas.


“Um aborto não vem do nada”, afirmou Amanda. Para a coordenadora, a grande mola deste crime hediondo está na vida sexual sem responsabilidade com o outro, com a consciência da dimensão do que é a família, mas, também, da cultura da “anti-natalidade”, que prega redução de pessoas no mundo.


“Nosso testemunho de famílias cristãs, abertas à vida, também é muito válido nesse sentido”.


Aborto em números e em dados – uma triste realidade


Como qualquer tema que envolva o crime e um crime “organizado”, dos dados são importante para que se possa pensar em formas de combate, assim como para que se tenha condições de pensar em números de ações e de pessoas que precisam estar envolvidas para combater.


Alguns sites realizam um importante papel, nesse sentido. O site chamado worldometers.com, por exemplo, mostra em tempo real e a quantidade de abortos provocados legalmente no mundo naquele ano, a partir de dados cedidos pela OMS. Com ele, por exemplo, pode-se constatar que em janeiro de 2021 (apenas no mês de janeiro), o aborto já havia matado mais crianças do que o número de mortos em dois anos de COVID-19. Sem nenhuma sensibilidade ou comoção por parte da população mundial.


O suicídio e a depressão são tratados como pandemia e como temas graves pela OMS, mas o aborto, ao contrário, é motivado.


No Brasil, existe o site estudosnacionais.com, ele é encabeçado pelo professor de Bioética Marlon Derosa, que estuda constantemente e confronta várias informações falsas sobre a quantidade de mulheres que morrem por aborto ou fazem aborto no País (argumento comumente usado para sensibilizar a opinião e o debate público, com o intuito de induzir e até manipular as pessoas a considerarem que, sendo assim, é lícito “legalizar” o assassinato intrauterino.


Assim, não raras vezes, é comum serem divulgados números de abortos espontâneos + abortos provocados como se fossem a mesma coisa, quando na verdade não é possível diferenciar na maioria dos casos.


Documentários, palestrantes, bibliografia básica - passos para quem quer iniciar neste caminho de defesa da vida dentro do movimento


Para quem deseja conhecer mais sobre o tema, Amanda Silva indica O filme "40 dias – O Milagre da Vida" (2019) e os documentários: "Blood Money 1 e 2" (2010); "O grito silencioso" (1982); "Pela Vida" (2020).


Quanto a literatura, para os católicos, a indicação é começar pelos documentos da Igreja relacionados ao tema: Encíclica Evangelium Vitae; livros do pe. Lodi (disponibilizados no site do Pró-Vida Anápolis); o livro “Senhor... onde está meu filho?”, do Projeto Esperança, o livro fala sobre o aborto não terminar apenas no ato da morte da criança, mas que afeta muitas vidas, além da própria mãe; Mas, também, são alguns autores/pesquisadores: Marlon Derosa, Lenise Garcia, George Mazza.


Apoio legal para combater algo ilegal


O aborto, invariavelmente, passa por questões legais para ser proibido ou não, na sociedade. Em nível de Brasil, o movimento pró-vida tem recebido apoios importantes em alguns estados, como é o caso da Deputada Estadual de SC, Ana Campagnolo e da Deputada Federal RJ, Chris Tonietto.


Da mesma forma, o movimento precisa, no Maranhão, encontrar apoiadores no legislativo sobre a causa, para que democraticamente, representando a opinião da maioria da população – que é desfavorável ao aborto – se possa garantir uma lei que não permita o infanticídio com o aborto.


Em nível municipal, em 2020, conseguiram o apoio de seis candidatos à Câmara Municipal de São Luís (Juvêncio; Farias Júnior; Elismas; Prof Ennius; Saul Silva e Profº Gualhardo), contudo, não conseguiram ganhar nas eleições. Em nível estadual, conseguiram o apoio de apenas uma deputada.


Assim, Amanda lembrou a importância de neste ano, em especial, que é necessário se ficar atento, sobretudo aos estatutos dos candidatos nos quais pretendem votar. É no estatuto e não no representante, que se encontra a gravidade do voto. Por isso, investigue o estatuto do candidato que você pretende confiar o seu voto.


Como ingressar no grupo em Defesa da Vida ou mesmo pedir informações


Já chegando ao final, deixamos os contatos da Associação para os que desejam somar às ações do grupo.


Instagram: @defesadavida_ma e @assoc.santagiannaberetta


Grupo de Whatsapp: 1- Grupo da Rede Estadual em Defesa da Vida e da Família-MA. Administrador: Phelipe Vieira (vice-diretor da ASGB), contato (98) 981990124; 2- GSGB, contato (98) 988236776 (é solicitado do participante o preenchimento de um formulário para entrar no grupo).


Youtube: Assoc Santa Gianna Beretta


Periódico "VIDA SIM!": Distribuição gratuita, bimensal, local (São Luís, MA). Para receber, basta se cadastrar no site www.associacaosantagianna.org.br. Entre os assuntos são repercutidos temas relacionados à pauta vida e família.


E para você que chegou até aqui na leitura, Amanda Silva, coordenadora da Associação Santa Gianna Beretta em Defesa da Vida e da Família, deixa uma frase de Santa Madre Teresa de Calcutá.


Santa Teresa de Calcutá, que sofria profundamente com os abortos na Índia, na década de 1970, que supostamente eram praticados com o argumento de a pobreza: "Se permitirmos que uma mãe mate seu filho, que nos impede de matar-nos uns aos outros?".



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