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Rede um grito pela vida: capital maranhense sedia o V Nordestão


(V Nordestão na Casa de Retiro Oásis | Foto: Equipe Rede um grito pela Vida]

Neste final de semana, de 21 a 23 de abril, a Arquidiocese de São Luís do Maranhão acolhe o V Nordestão, na Casa de Retiro Oásis, Aurora, encontro promovido pela Rede Um Grito pela Vida (RUGPV), organizado pela Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB), que traz como tema "Dar visibilidade aos invisíveis", e lema "Migração e tráfico de pessoas".


O objetivo do encontro é levar aos estados do Nordeste a reflexão sobre o drama social do tráfico humano, que afeta em grande maioria mulheres e crianças.


Padre Jadson Borba, coordenador arquidiocesano da Ação Evangelizadora Missionária esteve no encontro, que conta com a presença da coordenação nacional da Rede Um Grito pela Vida, irmã Sirleide Cabral de Oliveira.



Durante o encontro, a irmã Denise Morra, da Congregação das Irmãs Missionárias do Sagrado Coração, de Teresina (PI), falou à Ascom da Arquidiocese sobre a importância do V Nordestão enquanto contribuição para reflexões sobre o tema.




Sobre o Tráfico humano


Segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, a definição de tráfico humano corresponde a qualquer situação onde existe “força, coerção, rapto, fraude, engano, abuso de poder ou vulnerabilidade, ou pagamentos ou benefícios a uma pessoa no controle”, e neste contexto e situação, são usados ​​para explorar outra pessoa. Caso haja algum desses elementos, o caso se configura como tráfico humano.


Em texto publicado pela CRB, a Conferência declara:


"O tráfico humano vulnerabiliza e viola a dignidade e a liberdade de inúmeras pessoas, especialmente mulheres e crianças, que são mercantilizadas e têm seus corpos feridos, seus sonhos mortos e seu direito de viver negado".

Também no material da CRB, o tráfico humano possui em suas estatísticas um número majoritário de mulheres e crianças, em grande parte, associado à exploração sexual.


Na leitura qualitativa destes números, ressalta-se que não se trata de uma escolha isolada a preferência pelo sexo feminino e pela idade variando entre adolescência e infância, nem tão pouco as classes mais baixas da sociedade serem afetadas por este mal. Em um País onde a pornografia se tornou presente na rotina do cidadão, desde o consumo de músicas com atos explícitos sexuais em suas letras em horários diurnos, acessível a crianças e jovens, bem como produtos de mídia que incentivam a erotização da infância, a pornografia se tornou um elemento comum, que não assusta mais a pais e responsáveis. Não há quem proteste.


Segundo o site da The Exodus Road, Organização Não Governamental que trabalha para combater o tráfico de pessoas por meio de prevenção, intervenção e cuidados, pesquisas indicam que existe relação entre o tráfico de pessoas humanas e a pornografia, e que este número tende a crescer, sobretudo, com o avanço da indústria pornográfica na internet.


Outro elemento que se relaciona diretamente ao aumento do tráfico de pessoas, é o turismo sexual. A Região Nordeste do Brasil tende a ser um grande vetor deste mal, com a exploração sexual de mulheres e crianças.


O V Encontrão deve seguir até amanhã (23). Veja mais registros em nossas redes sociais.



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