Fonte: Site CNBB
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lançou nesta terça-feira (19), durante reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), a tão esperada tradução brasileira da terceira edição típica do Missal Romano. O lançamento foi transmitido pela Rede Vida de televisão e pelas redes sociais da CNBB e das Edições CNBB.
Na Arquidiocese de São Luís do Maranhão, a Pastoral Litúrgica promoverá um curso sobre a Nova Tradução do Missal Romano, nos dias 28 e 29 de outubro, no Convento das Mercês com assessoria de dom Armando Bucciol, bispo emérito de Livramento de Nossa Senhora, Bahia.
Sobre a tradução brasileira do Missal Romano
Depois do Evangeliário, o Missal Romano é o livro mais importante na liturgia da Igreja. Após o lançamento da terceira edição típica do Missal Romano, feita pelo Papa São João Paulo II, foi autorizado às Conferências dos Bispos no mundo que fizessem a tradução da obra em sua língua oficial pátria.
A tradução brasileira, portanto, está há 19 anos sendo organizada e chega às Diocese do Brasil, em todas as Igrejas do País, como um dos momentos mais esperados nas última duas décadas.
Para o lançamento, a CNBB produziu um vídeo que reconstituiu os passos dados desde o lançamento da atual edição do Missal Romano, passando pelo início do processo de tradução brasileira, até o resultado final lançado nesta quarta-feira (19), durante a reunião do Consep.
Beleza da liturgia e dos ritos da Igreja Católica
O presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, o bispo de Bonfim (BA), dom Hernaldo Pinto Farias fez referência aos colaboradores e peritos da tradução, fruto de um trabalho que definiu como verdadeiramente sinodal. “Foi muito importante a revisão da tradução do missal para fazer aparecer na liturgia a riqueza teológico-litúrgica. Neste Missal, encontraremos o que é a celebração eucarística, sacramento maior da vida da Igreja”, disse.
O bispo, que também foi membro da Cetel, disse que a tradução respeitou a tradição cristã da Igreja uma vez que cuidou de textos das orações que são do primeiro século da Era Cristã e carregam uma teologia da Eucarístia e também uma atitude de obediência à Igreja, o que requer uma formação litúrgica para superar intervenções arbitrárias que podem ser cometidas na liturgia.
“Esse Missal, portanto, é fruto das decisões do Concílio Vaticano II sob as autoridades dos Papa Paulo VI e João Paulo II. É a única Lex Orandi do Rito Romano. Devemos tocá-lo, meditá-lo e assimilá-lo para não ficarmos apenas atentos às novidades e mudanças, mas sobretudo para saborearmos a beleza da liturgia e recuperarmos nosso encanto para com os ritos da Igreja Católica”, disse.
O secretário-geral e presidente da Edições CNBB, dom Ricardo Hoepers, apresentou durante a cerimônia dados mais técnicos e curiosidades sobre a edição do Missal Romano à qual classificou como “primorosa”. Dom Ricardo enfatizou ainda a estratégia e o processo logístico pensando para fazer o missal chegar a todas as dioceses do Brasil até o dia 3 de dezembro, primeiro domingo do Advento, prazo estabelecido para que todas as comunidades católicas celebrem unidas a partir desta terceira edição do Missal Romano.
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