Batizada no dia 22 de setembro deste ano, a pequena Indi Gregory, bebê britânico que comoveu o mundo na luta judicial travada pelos seus pais por sua vida, veio à óbito na madrugada desta segunda-feira (13), após ter os aparelhos desligados por determinação judicial.
Indi Gregory nasceu com uma doença grave e considerada sem cura e para se manter viva dependia de aparelhos. Seu tratamento estava sendo feito no hospital Queen 's Medical Center em Nottingham e foi o hospital quem pediu na justiça a morte de Indi. Desde entao, os pais lutaram pelo direito de Indi à vida.
Comovidos pela situação, o governo italiano, através da ministra Giorgia Meloni e o Vaticano, com o Papa Francisco, tentaram intervir na situação. A ministra conseguiu conceder a cidadania italiana a Indi Gregory, arcando com os custos da transferência de hospital e o Vaticano garantiu o tratamento no Hospital Bambino Gèsu, em Roma.
Contudo, a justiça do Reino Unido negou aos pais o direito à vida de Indi e por determinação judicial, os aparelhos foram desligados no sábado, dia 11. O que fez com que a criança agonizasse até a morte, ocorrida na madrugada do dia 13 de novembro.
Esta foi a terceira vez que o Vaticano interveio em situações desta natureza no Reino Unido, Nos anos de 2017 e 2018, Charlie Gard e Alfie Evans, respectivamente, também tiveram o direito à vida negados e foram condenados à eutanásia pela justiça britânica. Nas duas ocasiões, o Vaticano pediu a tutela das crianças, mas nas duas situações o pedido foi negado.
O Vaticano, ao saber da notícia, publicou em seu site um artigo lamentando o ocorrido e em solidariedade à família.
Com desfecho trágico, a situação expôe a escandalosa postura de relativização da vida adotada pelo judiciário de modo cada vez mais acintoso em diversos lugares do mundo.
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