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Cúria Metropolitana realizou nessa segunda-feira (19) palestra em alusão a Campanha Setembro Amarelo


(Dr Ruy Palhano, durante palestra da Campanha Setembro Amarelo/Fotos: Ascom Arquidiocese)

Na tarde dessa segunda-feira (19), a Cúria Metropolitana de São Luís promoveu a palestra "Suicídio x Saúde mental: mitos e verdades", como forma de aderir com ações concretas à Campanha Setembro Amarelo, que nesse ano traz como tema: "A vida é a melhor escolha". Para inscrição, o participante precisou preencher um formulário via Google forms e contribuir com 1kg de alimento não perecível, que será doado para os grupos que trabalham com a distribuição de comida aos acompanhantes dos pacientes no Hospital Socorrão I.


A palestra foi ministrada pelo médico psiquiatra, Ruy Palhano, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), fundador do Instituto de nome homônimo que no último dia 10 de setembro, Dia mundial de combate ao Suicídio, completou 28 anos de serviços prestados na área da saúde mental.


Entre os participantes presentes, estavam: dom Gilberto Pastana, arcebispo de São Luís do Maranhão, padre Jadson Borba, coordenador arquidiocesano da Ação Evangelizadora Missionária (AEM), e o diácono permanente Rogério Napoleão, diretor espiritual no Regional NE5 da Pastoral da Sobriedade, onde também exerce a função de conselheiro nacional. Também estava entre os presentes Zenilda Bezerra, coordenadora arquidiocesana das Pastorais Sociais.


O momento aconteceu no auditório Geraldo Dantas, do Palácio Episcopal, espaço que possui capacidade para 50 participantes. Por ter alcançado a lotação máxima, a palestra foi transmitida pelo Instagram da Arquidiocese de São Luís do Maranhão.


Essa foi a primeira vez que a Arquidiocese promove uma ação voltada para a campanha Setembro Amarelo, entre os colaboradores da Cúria. Em geral, devido o grande número mulheres que trabalham no Palácio Episcopal e demais setores ligados à Cúria, a campanha do Outubro Rosa era a mais requisitada. Contudo, com a pandemia, casos de adoecimento por estado de sofrimento psíquico começaram a acontecer entre os colaboradores, e o tema veio à baila.


A iniciativa foi uma promoção do departamento do Recursos Humanos (RH), coordenado pela administradora e especialista em RH, Graça Soares, e envolveu os colaboradores da Cúria, da Residência Episcopal, do Centro de Retiro Oásis, da Catedral Nossa Senhora da Vitória, e ainda religiosos, membros de Novas Comunidades, e coordenadores e participantes de expressões eclesiásticas da Arquidiocese.


(Graça Soares, coordenadora do RH da Cúria Metropolitana)
"Eu me sinto grata por ter conseguido proporcionar aos nossos colaboradores um momento de aprendizado e que todos merecem um bem-estar dentro e fora da empresa"

(Graça Soares, RH Cúria).






"Saúde Mental x Suicídio: mitos e verdade"


Em sua palestra, dr Ruy Palhano buscou esclarecer a importância de não se reforçar alguns estigmas associando que toda pessoa depressiva é um suicida em potencial. O psiquiatra explicou que, apesar de existir uma porcentagem significativa de pessoas que cometeram suicídio, e que possuíam algum transtornos mentais não tratados, como a depressão, por exemplo. Sobretudo, pelo fato do suicídio possuir diversos fatores, e alcançar pessoas de diversos extratos sociais. "Não háuma causa única para o suicídio", explicou.


Apesar dos números alarmantes (o suicídio é a quarta maior causa de morte no Brasil), o médico buscou enfatizar que ao suicídio pode ser prevenido. Para isso, são necessárias, entre outras ações, a conjugação de políticas públicas voltadas para o combate ao suicídio, somadas ao esclarecimento da rede de apoio (família e amigos) dos que sofrem com tendências suicidas (sobretudo jovens, de 14 a 29 anos de idade).


No caso das políticas públicas, o treinamento e orientação feito com as equipes médicas para que haja um protocolo de atendimento e manejo dos pacientes atendidos, e identificados como tentativa de suicídio (da mesma forma que acontece com os casos de infarto, por exemplo) seria determinante.

"Uma pessoa que tentou suicídio, tentará novamente, caso não tenha um acompanhamento profissional adequado. Por isso, seria é importante encaminhar essas pessoas para a internação temporária, a fim de receber o tratamento adequado, que possa garantir a segurança de sua vida e também a vida das pessoas que convivem com ela", explica Ruy Palhano.


Após a palestra, foi aberto o momento para que os participantes pudessem fazer perguntas sobre o tema. As perguntas ajudaram a desmistificar alguns pontos importantes, como:


1- Quem quer se matar, dá sinais. Por isso, é importante estar atento a todos sinais que de alguma forma esboce alguma "despedida" de modo expresso (pode ser encarado como brincadeira por algumas pessoas, quando alguém diz de forma clara que irá se matar, mas, às vezes, é um sinal);


2- A fé e a rede de apoio é importante! Pessoas que vivem a fé são mais resistentes em situações difíceis. Por isso, é importante perceber quando alguém está sofrendo algum tipo de transtorno mental que dê indícios de comportamento suicida. Ao se identificar, é importante encaminhar a um tratamento.


3- Para manter a mente sã, é importante cuidar da autoestima, cultivar a fé, ter um bom convívio com amigos e familiares e não se isolar.


Ao final da palestra, Ruy Palhano, que também é autor de vários livros sobre essa temática, doou alguns exemplares de suas obras para a biblioteca da Cúria. Os títulos com mais de um exemplar, serão sorteadas entre os participantes da palestra de hoje e entre os seguidores do Instagram da Arquidiocese.


Instituto Ruy Palhano

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