A tradicional Queimação de Palhinha do Presépio da Cúria Metropolitana e do Museu de Arte Sacra do Estado do Maranhão, aconteceu na manhã desta segunda-feira (8), às 10h, no Palácio Arquiepiscopal, com benção realizada por dom Gilberto Pastana, arcebispo de São Luís do Maranhão, da gestora do Museu de Arte Sacra, Ydsa Teixeira, de servidores do Museu, dos colaboradores da Cúria e presença do padre André Luís Santos, vice-Chanceler, reitor do Seminário São João Maria Vianney e vigário judicial do Regional Nordeste 5.
Os cantos foram conduzidos por Arthur Santos, da paróquia São José e São Pantaleão, cantor popular maranhense, que durante o rito rezou e cantou, em latim, a tradicional ladainha em honra a Nossa Senhora.
Também prestigiaram o momento servidores de outras secretarias do estado, como o fotógrafo premiado, José de Ribamar Carvalho (Ribamar Carvalho), do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconomicos e Cartográficos (Imesc), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento (SEPLAN), cujos registros podem ser vistos em diversos momentos históricos importantes da Arquidiocese. Ribamar Carvalho pertence à Pastoral da Comunicação (Pascom) da paróquia e Santuário São José de Ribamar.
Negros, povos originários e europeus - um só coração e uma só oração
Neste ano, antes da distribuição das palhas, dom Gilberto realizou um gesto simbólico, onde pediu que cada um presente, pensasse nos Reis Magos (que no Presépio representam todos os povos) como se representassem cada os negros, os povos originários e os europeus.
(Todos os povos representados pelos Reis Magos | Foto: Ribamar Carvalho)
Em sua fala, proferida durante o momento dos pedidos de oração, dom Gilberto Pastana motivou os presentes a muito mais do que pedir por um "ano bom", mas que cada um busque ser melhor para o ano que anuncie. E fez provocou nos presentes, que fizessem seus pedidos a partir deste compromisso.
"Na música que cantamos 'adeus, meu Menino', devemos também saber oferecer 'a Deus' nossas vidas. Que não seja uma despedida, mas um oferecimento e comprometimento com a nossa prece", lembrou dom Gilberto.
O rito piedoso, popular e tradicional da Queimação de Palhinha do Presépio
A Queimação de Palhinha do Presépio no Maranhão é uma paraliturgia, um rito que apesar de não ser litúrgico, se enquadra em um momento de oração e piedade popular. Nele, não há uma fórmula rigorosa, porém, no roteiro rezado pela Cúria, segue:
Breve introdução sobre a História do Presépio;
Benção de Abertura - que foi feita pelo Arcebispo, dom Gilberto Pastana;
Um canto em honra aos Reis Magos;
A Ladainha em honra a Nossa Senhora, rezada e cantada em Latim;
Pedidos de oração (feitos de forma livre por cada um dos presentes);
Distribuição da murta para os participantes;
Passagem do Menino Jesus para novos padrinhos;
8- Queimação da Palhinha do Presépio (os participantes fazem seus pedidos e à proporção que vão jogando seus ramos no fogareiro, os padrinhos embalam o Menino Jesus. Em alguns lugares, o Menino Jesus é embalado em uma rede. Na Queimação realizada na Cúria, a imagem foi embalada em um pano e nos braços dos padrinhos, novos e antigos).
9- Após o rito da Queimação da Palhinha do Presépio, servem-se as guloseimas regionais. O tradicional chocolate quente e os bolos típicos do Maranhão.
(Europeus, negros e povos originários representados no Presépio da Cúria, madrinhas do Menino Jesus do Presépio 2023 e queimação das palhinhas | Foto: Ribamar Carvalho).
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