Em missa de corpo presente presidida por dom Gilberto Pastana, arcebispo da Arquidiocese de São Luís do Maranhão, os clérigos, diáconos, religiosos, seminaristas e leigos de dos movimentos, pastorais e demais expressões eclesiais, prestaram solidariedade aos amigos e familiares do padre canadense Fidei Donum, Marcelo Pèpin.
O velório, a missa de corpo presente, e a encomendando do corpo, aconteceram na Igreja Santo Antônio, Centro. Após a celebração, o cortejo seguiu até o cemitério Parque da Saudade, bairro Vinhais, onde foi sepultado.
Durante todos os momentos das exéquias, estiveram presentes os amigos, os fieis que padre Pèpin acompanhou durante seu apostolado, e ainda padre Trindade, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida da Foz do Rio Anil, região onde padre Pèpin residia.
O termo Fidei Donum é usado para padres diocesanos que dedicam um tempo de missão em Países que precisam ser evangelizados. Assim, após ordenado presbítero, em 26 de maio de 1956, padre Marcelo Pèpin, pertencente a Diocèse de Nicolet, da província de Quebec, Arquidiocese de Sherbrooke, Canadá, veio para o Brasil em ação missionária nicoletana, no dia 11 de setembro de 1959, onde permaneceu atéa sua partida para a Pátria definitiva, nessa quinta-feira, 22 de dezembro de 2022.
Padre Pèpin tinha 94 anos de vida, 66 anos de padre, e 63 anos exercidos no Brasil, em terras maranhenses, vividos na Prelazia de Pinheiro e grande parte na Arquidiocese de São Luís do Maranhão, povo do qual fez a sua família. Atualmente estava afastado das atividades de padre, devido os problemas de saúde, e era assistido pela cuidadora, e amiga fiel, Espírito Santo.
Em sua trajetória foi reitor por duas vezes do Seminário Santo Antônio, em São Luís (MA), coordenador arquidiocesano de Pastoral, e assessor espiritual das Comunidades Eclesiais de Base (CEB). Foi ainda diretore espiritual das irmãs do Carmelo São José, e assessor espiritual da Pastoral Familiar, chegando a ser o padre referencial da PF junto a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
A encomendação do corpo do padre Pèpin foi rezada ao som da oração de São Francisco, pelos mais de 20 padres que estiveram presentes, junto com o bispo emérito da Diocese de Viana, também estrangeiro, assim como padre Pèpin, o epíscopo francês dom Xavier, que esteve concelebrando a missa com dom Gilberto Pastana.
Em sua homilia, que foi transmitida pelo canal de Youtube da Arquidiocese de São Luís do Maranhão, dom Gilberto Pastana lembrou os presentes o que a Igreja pede pelos fiéis defuntos, quando se reza "abre para ele as portas do Paraíso e, a nós que ficamos, concedei que nos consolemos uns aos outros com as palavras da fé". E assim foi feito!
"A morte não é um momento de desespero para quem tem fé. A morte é um momento de profunda convicção...Vivemos a vida humana para decidirmos pela vida eterna. Nós não sabemos, quando, onde e nem como...Essa vida nós vivemos para que possamos decidir por Ele!", recordou dom Gilberto Pastana.
O epíscopo lembrou ainda a característica solicitude e doação do padre Marcelo Pèpin, "era um padre que sempre atendia a todos. Estava sempre disponível a escutar, e pela escuta, ajudar as pessoas no seu processo de decisão".
Dom Pastana ressaltou ainda o trabalho formativo realizado pelo padre canadense, que ajudou na formação de novos presbíteros de várias gerações e regiões do Maranhão. "Que bonito poder contar um testemunho assim", ressaltou.
Ao final de seu sermão, dom Gilberto deixou uma bonita mensagem:
"Hoje em dia rendermos graças pelo nosso nascimento, mas rendemos também pela nossa passagem. Padre Marcelo inicia hoje a sua nova vida, a vida eterna!".
A missa de sétimo dia em sufrágio pelo padre Pèpin será na Igreja Nossa Senhora Aparecida, Cohafuma, dia 28 de dezembro, quarta-feira, às 19 horas.
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